quinta-feira, 21 de julho de 2011

insossa

eu deito pra dormir e me bate uma saudadezinha, daquelas doídas, de você.
não de você, essa menina que hoje eu mal lembro do rosto, e que se ouço a voz pelo telefone me soa tão insossa.
saudadezinha daquela menina pra quem eu daria o mundo todo, com quem eu me deitava mesmo sem sono, só pra ficar pertinho, conversando e sonhando acordada.
saudadezinha daquela menina pra quem eu passava horas a fio, olhando dormir de boca aberta, no meio da noite, ou pela manhã, quando eu acordava antes dela, só pra não perder um segundo quando seus olhos abrissem, e ela viesse me contar qualquer sonho sem pé nem cabeça.
dessa menina sem sal, que me escreve uma vez ou outra, pra dizer nada, eu não sinto saudade.
não gosto dessas meninas que desistem de um amor, pra viver umas coisas...
gosto daquelas que largam as coisas todas pra viver um amor.
essas têm coragem, como eu tive, quando larguei o juízo pelo caminho pra largar o mundo e segurar a tua mão.

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