quinta-feira, 22 de julho de 2010

a morte de um amor doente

vc me ensinou um amor doente. pra mim era amor. pra vc eu nem sei o que era.um amor que duvida. um amor que vigia. um amor que cobra. um amor que não se satisfaz.e agora não gosta de ver que eu aprendi a amar como vc.


queria anunciar pro mundo o quanto eu te odeio. queria gritar até explodir. queria que essa dor passasse, e que você não fosse mais que uma dessas cicatrizes feias, que a gente esconde sob a roupa. queria que você não doesse em mim.
e te apagar. apagar. apagar. apagar.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Fim da linha

Vou assistir sozinha os filmes que eu baixei pra assistir com você.
E jantar sozinha a nossa comida de sempre.
Vou dormir ocupando os dois lados da cama, e ocupar a outra porta do guarda-roupa.
Ouvir canções sozinha, e cantar sem ninguém pra continuar as letras.
Vou pôr meias nos pés, porque daqui pra frente as noites serão frias.
Dormir mais cedo e acordar mais tarde, porque não tenho com quem conversar na cama.
Vou sair para o trabalho e não vou olhar pra trás, porque você não vai estar na janela acenando tchau.
E continuar sorrindo, pra que ninguém perceba como me dói ver você indo embora.

Conjunto vazio

Não quero um amor daqueles de cinema. Não quero drama, desencontro, reencontro, final feliz.
Peço só um amor tranqüilo, daqueles que não machucam.
Um amor leve. Que não corte, não sangre, não pulse. Não sufoque, não prenda, não mate, não morra. Não leve à loucura, não traga o choro, a dor, a desordem.
Um amor daqueles sem sal nem açúcar, que não brilha, não canta, não tem trilha sonora.
Daqueles que não dão trabalho, não exijam atenção, paciência, fé e força.
Daqueles que não se desgastem com o tempo, que não corroam a nossa fé na vida, que não enlouqueçam. Que não me faça querer matar.

Um amor que... não existe.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Boa noite, Theodora...

No dia em que ela chegou, fazia sol. Era a tarde mais bonita.Foi paixão à primeira vista, e trouxemos ela pra casa. Não era ela que deveria ter vindo, mas a
alegria dela não nos deixou escolha.
Quando ela foi embora, foi a noite mais fria e triste do ano. Caia um temporal, e ela dormia no
meu colo, como um anjo.
Cheguei em casa, e foi a dor mais cortante que eu já senti. A casa vazia, sem festa, sem
sorriso. Me doía ser tão traiçoeira. Ter abandonado a única amiga que em menos de quinze dias me
realizava sonhos e me acordava com lambidas, abanando o rabo.
A culpa me faz cada segundo mais triste, mas vazia, mais feia. E eu não sei se ela está com frio
na sua nova velha casa.
Boa noite, Theodora...

(in)Felicidade

Tenho medo da felicidade. Ela nunca vem pra ficar.
Custa caro e é traiçoeira.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Promessas

Por um segundo desisti do futuro... das viagens, dos filhos, das flores.
Cansei de olhar pra frente.

Então eu respirei, gritei, renovei o ar dos pulmões. Mesmo assim as coisas ainda não fazem sentido. Mas eu vou levando, com esse hábito estranho de querer pagar pra ver.