terça-feira, 29 de setembro de 2009

Crepúsculo

Não li o livro, e nem achei o filme tão bom assim. Mas hoje na aula de roteiro a professora leu pra gente alguns pedaços... Gostei mais desse:
"Quando a vida lhe oferece um sonho muito além de todas as suas expectativas, é irracional se lamentar quando isso chega ao fim"

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

C.F.A.

E se por vezes insiste em voltar aquela sensação vazia, e ninguém entende o que eu tento gritar, eu peço ajuda ao Caio Fernando Abreu. E ele traduz pra mim, o que o nó no peito não me deixa dizer...

"Tento me concentrar numa daquelas sensações antigas como alegria ou fé ou esperança. Mas só fico aqui parado, sem sentir nada, sem pedir nada, sem querer nada." (C.F.A.)

sábado, 26 de setembro de 2009

Antítese

Tudo o que a gente faz pra negar esta vida ordinária, só reafirma o vazio que ela nos traz...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ganhei o dia!

Dá vontade de escrever sempre, só pra poder ler os comentários engraçados que só a minha irmã sabe fazer.
E olha que me fazer rir, é tarefa difícil...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Uma aspirina e um copo d´água

O meu mundo tem andando bem estranho ultimamente. Não que antes ele já não o fosse...
É que a vontade de dormir não dá mais pra chamar de sono, é só uma vontade de não ver o tempo passar. O sono mesmo não tem feito muitas visitas por aqui.
A fome também parece que se esquece de aparecer. A preguiça e o tédio são os únicos que têm passado por aqui. E qualquer coisa que interessante que apareça por aí, não vale a pena.
A cabeça anda doendo mais que o normal, e os dentes andam sempre cerrados ou rangendo como botas velhas.

Um comprimido.
Dois comprimidos.
Três comprimidos.
Nada adianta. Estou deprimida.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Receita Caseira

Tédio.
Vazio.
Solidão.
Falta de sentido.

Misture tudo até formar uma massa homogênea e está pronto para servir. Tenha um bom dia nublado.



Nunca vi alguém que, morando sozinho, quisesse fugir de casa...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Parte II


Já não me lembrava a última vez em que eu senti esse vazio tão grande batendo à porta.
Tédio é tão comum quanto querer continuar dormindo quando toca o despertador. Mas esse vazio rasgando a carne e atormentando a alma, fazia tempo mesmo que não me incomodava.
Pode ser por tanta coisa, e pode ser por nada, mas quando a segunda metade de cada ano vai escorrendo e o calendário ficando com menos folhas e mais “X”, o nada cresce com força de tempestade...

Fora de Órbita

Olhavam espantados para o céu, sem conseguir dar nenhuma explicação lógica para aquele fenômeno. A cidade inteira se esgueirava no alto de prédios, se amontoava em observatórios, se espremia em planetários; todos a fim de ver algo único, sem precedentes...



Um olhar desatento diria que eram gêmeas idênticas. De fato eram filhas do mesmo pai, e nasceram do mesmo calor. Mesmo assim, desde sempre ela soube que eram diferentes. Tinha ainda outros sete irmãos, talvez seis – já que tempos depois passaram a dizer que o último era ilegítimo -, e uma grande família sempre em expansão.
Sentia-se um pouco estranha, tinha a impressão que o tempo demorava demais para passar, e se sentia presa a uma força invisível. Seus dias eram duzentos e quarenta e três vezes mais compridos que os dias de sua irmã Gaia. Enquanto todos seus irmãos se deitavam virados para a direita, ao anoitecer, antes de dormir, ela era a única a se deitar para a esquerda.
Onde quer que passasse, inspirava amores e era sempre reconhecida por sua beleza. Ainda assim, sentia-se sozinha. Seu corpo queimava como brasa, 460°C.
Vênus não achava justo que seus irmãos e irmãs, tivessem junto de si, uma ou várias luas, para lhes acompanhar e fazer companhia. Somente ela e seu outro irmão, a quem era mais próxima, eram sós.
Queria alguém com quem pudesse passar seus longos dias, e às vezes achava tudo aquilo sem propósito, como se andasse em círculos. Foi quando com grande esforço, Vênus saiu de seu caminho habitual, cansada de fazer a milhões de anos-luz a mesma órbita-caminho, e vagueou pela cidade-galáxia vizinha, sem rumo, sem pretensões.
Vagueou tentando se deixar levar, e se desprender de tudo o que já vivera antes. Deixou-se levar pelo magnetismo estranho que a puxava forte, arrastando-a por entre estrelas e super-novas. O que encontrou, foi sua outra metade Vênus, habitante de um mundo paralelo ao seu. Foi assim que se descobriu feliz.
As duas Vênus deram-se as mãos e saíram à toa pelo universo, livres de suas órbitas circulares, flutuando lado a lado. E lá da Terra, olhares assombrados de seres minúsculos acompanhavam a passagem delas pelo céu, enquanto as duas Vênus sorriam satisfeitas.