terça-feira, 2 de novembro de 2010

Caminho

Surgiu como uma estrela no céu da noite.
A mente dizia "tenha calma". Se ainda fosse racional o suficiente, ouviria com atenção.
Mas os últimos tempos haviam sido cinzentos e ela não queria ser racional agora que o dia ia nascendo e um raio de sol perfurava as nuvens no céu e começavam a iluminar outra vez o caminho.
Quase não lembrava das noites, nem do frio, nem das cicatrizes que carregava consigo. Por isso caminhava com passos largos, como quem tem certeza do caminho e não teme dar um passo em falso.
Onde queria chegar, não tinha certeza, mas importava caminhar e manter-se em movimento, não deixar nunca roubarem-lhe os dias.

Um comentário: