domingo, 12 de junho de 2011

da morte das flores

Depois que a Maria fora embora, o mundo todo perdeu as cores, e agora é todo em escala de cinza. Como as cinzas todas das coisas dela, que botei fogo para tentar esquecer, em vão.
Sem a menor idéia de por onde anda Maria, rezo todas as noites pra qualquer deus que exista, qualquer um que possa trazê-la de volta.
Pior que qualquer coisa, é que continuo amando a Maria, de um jeito que não cabe mais nesse mundo, mesmo sabendo que a Maria de hoje, já não é mais aquele que eu amo mais que a mim.
Daria o infinito pra não ter perdido aquele amor, nem ver morrer meu jardim de rosas e girassóis.
Vez ou outra, quando estávamos juntas, eu chorava sem explicar. Porque no fundo eu sabia que ela iria embora e não queria que esse dia chegasse nunca.
Não queria estar aqui pra ver esse amor morrer pra ela.

Hoje eu levo a vida mais leve, e faço tudo, me permito, pra não arrastar correntes pelo meu caminho. Tudo pra tentar esquecer essa ferida que não cicatriza.



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