sexta-feira, 29 de março de 2013

do lugar qualquer - não meu.

não é vontade de morrer. é vontade de matar. ou talvez o contrário. e nunca saberei, porque não ousaria matar. nem mesmo um grande amor, vício, desejo. não mataria um desejo sem antes realizá-lo. porque só assim se mata o indesejável, insolúvel, intragável. só com dor, frieza, pouco caso. e assim se mata o mais doído. com descaso de quem ama mil amantes, corpos lúgubres, cheios de desejo sem amor.
porque amor é ilusão de quem quer fazer deste lugar, um lugar pra si. quando lugar tanto faz, tanto fez, tanto é.  quando lugar é passageiro, sujo, substuível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário