quinta-feira, 4 de abril de 2013

Eu era feliz - Ou antes de te conhecer


Nesse mesmo dia, há exatos quatro anos, eu soube que queria você pra mim. Soube assim que botei os olhos em você.
E se depois de tanto desencontro eu volto a dizer coisas que não poderia sequer pensar, é porque ainda me sinto tomada pelo mesmo desejo.
Depois de você, meu mundo nunca mais foi o mesmo. O caminho sem você já foi um fardo pesado, já foi uma ferida exposta, já foi desespero.
Hoje, você é uma lembrança gravada na carne. Um nome tatuado no braço e cicatriz no peito. Uma fotografia guardada no fundo da gaveta, daquelas que a gente esquece que está lá, e tem uma surpresa nostálgica quando reencontra.
E nesse emaranhado de sentimentos que o tempo trata de dar um nó, por vezes lembro só das coisas boas, dos apelidos, dos olhares, dos sorrisos. Confesso que esqueci muitos dos nomes que eu já te dei, dos muitos jeitos que procurei de dizer do meu amor que era seu, dos planos de um futuro bom. 
Mesmo assim, gosto de lembrar de você, deitada em meu braço, "your place", me contando a história que eu já sabia de cor, do nosso encontro nesse universo. Gostava de ouvir você repetindo essa história, me contando como foi que você se apaixonou por mim, e como foi que eu escancarei o peito e me perdi de amores por você. Gostava até da sua camiseta com um bordado que me dava alergia.

Fui feliz. Amei você. Senti algo que pensei ser coisa só de filme.
Sofri quando decidiu ir embora. Sofri quando não me vi mais nos seus olhos. 
Sofri quando deixou de me amar.
Sobrevivi a sentimentos que eu pensei que iriam me roubar o prazer de viver.

E hoje, tenho sido feliz, não nego. Mas não venci a batalha contra meu querer. Querer apagar a lembrança que tanto me dói, de tudo o que fomos.

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