quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Dos desejos - Ou daquilo que merece ser feito



Então esta é mais uma noite insône.

Eu abro a janela e respiro fundo, como que tentando engolir todo ar gelado que entra de sopetão.

Gosto bom de vazio, de cidade fantasma. Ninguém na rua. No céu, nenhuma nuvem. Estrela tampouco.

E se mais uma vez o sono não vem, eu continuo sonhando com tudo aquilo que traz a sensação de vida. Um salto de pára-quedas, um vôo dentro de um balão. Uma viagem longa à Paris, pra me perder e não entender um A do que as pessoas possam estar dizendo. Show do Chico Buarque, um cão caramelo para fazer carinho enquanto balanço na rede.

Pensamentos dispersos, de coisas diversas... que me deixariam feliz. Pelo menos por agora.


Parei pra pensar que pelo menos há uns treze anos eu não bebo café. Desde que meu pai apagou a bituca de cigarro dentro da xícara, e eu bebi café com cinza, sem ver. Ontem foi aniversário dele. Não do café, do meu pai. Então, já que o sono não vem, pensei mesmo em tomar uma xícara de café, só pra lembrar um gosto que eu não sei mais como é.

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