
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Deletério

terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Bom dia, eu te amo!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Aos meus amigos – Ou sobre como eu tenho sorte nessa vida
Amigo é uma coisa divina. Daquelas coisas que fazem a gente olhar pra si mesmo e dizer: “Bicho, esse cara faz a minha vida valer a pena!”
Eu tenho alguns, que escolho a dedo. Quando eu olho pra eles, eu penso que nada faria sentido se não pudesse dividir um sorriso, um soluço, uma cerveja, um porre.
Eis que hoje eu entendi porque é que eu os amo tanto… Porque são puros, com uma docilidade quase infantil; porque são sinceros, e se doam àquilo que acreditam; porque são amáveis, e amam sem censura nem limites nem ressalvas ou coisa que o valha.
Cada amigo meu vem de um lugar. Um mais longe que o outro. Cidades que nem limite fazem entre si. Mas todos eles carregam uma coisa em comum (além muitas vezes de dividirem o mesmo nome), que não sei o que é ao certo, mas que me faz sentir sempre perto, sempre junto, sempre como que envolvida por um braço apertado.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Capítulo XXI
"- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.” Saint Exupéry, Le Petit Prince.
Odeio quando faz isso. Odeio quando me faz feliz desde as três horas da tarde, porque me dizes que vem, e me faz contar cada segundo para às quatro, e então... não vens.
Odeio preparar o coração, e não descobrir felicidade alguma. E você faz isso tantas vezes...
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Domingos
experimentei café e pedi só porque tinha um nome bonito.
joguei boliche e como sempre perdi. comi açaí e tive dor de barriga.
nenhuma novidade.
eu sempre choro, erro, rio, inovo, me engano, perco, me dano.
tudo estranhamente normal. daquele jeito chato que deixa o domingo com cara de domingo.
sábado, 7 de novembro de 2009
Delírio

quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Inevitável
E só o que cabe nessa hora é paciência, porque você não teve a sorte de nascer perfeita.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Blá blá blá
Eu não caibo em mim, não sou daqui, não sei mentir.
Não jogo nada bem, nem faço nada com perfeição.
Não canto bem, nem sei dormir.
Eu sou a negação.
Não sei dançar, não sei sentir.
Não sei perder, não sei compor.
Não sei mandar, não sei fingir.
Não sei escutar, nem lhe dar com a dor.
Tudo que eu sei, é reclamar. E isso eu faço bem.
E ainda que isso me irrite, só faço enquanto o sono não vem...
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Abandono
Ora ela se encolhia inteira, ora ela pulava e tentava fugir. Queria muito um afago, mas temia o toque. A vida até há pouco não lhe tinha sido justa e ela precisava urgentemente de um lar.
Merecia antes de dormir, um carinho atrás das orelhas; ao acordar, um jardim onde pudesse correr e rolar na grama. O dia todo à sua disposição ela merecia um pote transbordando de água limpa e outro até a boca, cheio de ração.
Era só uma cachorra, recolhida pelo centro de zoonozes, esperando a adoção.
Enquanto isso, esperava sem saber, por cada domingo que pudesse sair da baia, e caminhar pela terra, com mais outros quatrocentos vira-latas...
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Dos desejos - Ou daquilo que merece ser feito

sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Sobre o dia em que eu me matei - Ou como me reinventar
Agora vou nascer outra vez e me reinventar. Ainda e sempre torta, ainda e sempre na contra-mão, em direção ao caos...
Boas vindas pra mim!
Sobre o hoje e o nada
Eu tenho ruas preferidas e ruas que eu não gosto, então caminho por elas, recortando a cidade a pé em ziguezague, só pra olhar os prédios frios e uns sorrisos amarelos. Passeio com meu cachorro imaginário. E eu que nem fumo, acendo um cigarro só porque o dia cinza pede que seja assim. No fundo tem uma certa graça em ser tão deprimente.
Na bolsa, carrego alguns quase trinta livros que não me deram respostas, e procuro um lugar onde possam pagar por eles. Ando até um pouco torta, porque agora eles me pesam no corpo, o que já também pesaram na alma.
O cachorro pára para cheirar uma árvore e eu me abaixo para amarrar o tênis. Então ele me dá uma lambida e encosta seu nariz gelado no meu rosto. É bom ter um cachorro! Ele me faz rir quando nada mais faz sentido. Ainda que seja uma lambida, um cachorro e uma risada imaginária... Que é que tem demais? O sentido das coisas também não é real...
Então não, não vou vender mais meus livros. Aliás, entra quietinho aqui Cão, tenta não deixar que te vejam. Vamos comprar mais livros. Quem sabe algum deles traga aquelas velhas respostas.
Prateleiras, prateleiras, prateleiras. Sobre elas, livros, livros, livros. Entre elas, pessoas, vazios, pessoas. Todo mundo procurando alguma coisa, e nem se sabe o quê.
Ah não! Você não podia esperar para fazer xixi lá fora? Tanta árvore na rua, e você vem mijar exatamente dentro da livraria?! Ah Cão, como você me diverte!
E aí a gente volta pra casa, sem vender livro nenhum, sem comprar livro nenhum, sem trazer resposta alguma. Passa no mercado e traz um vinho pra casa. No caminho descobre que quando crescer, quer ter uma floricultura.
Em casa, senta na rede, acende um cigarro, bebe um copo de vinho (um copo medíocre, nada de uma taça de vinho) e faz carinho no cachorro, deitado nos pés, enquanto imagina uma linda floricultura, numa cidadezinha no subúrbio da França, com tijolinhos na entrada e o cão deitado perto da porta, abanando o rabo feliz pra poodle que passa na rua.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Tudo dito
Caio Fernando Abreu escrevendo outra vez aquilo que eu sinto, não me deixa mais nada a dizer.
Lá vai ele:
Vai Passar
Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada "impulso vital". Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como "estou contente outra vez". Ou simplesmente "continuo", porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.
Claro que no começo não terás sono ou dormirás demais. Fumarás muito, também, e talvez até mesmo te permitas tomar alguns desses comprimidos para disfarçar a dor. Claro que no começo, pouco depois de acordar, olhando à tua volta a paisagem de todo dia, sentirás atravessada não sabes se na garganta ou no peito ou na mente - e não importa - essa coisa que chamarás com cuidado, de "uma ausência". E haverá momentos em que esse osso duro se transformará numa espécie de coroa de arame farpado sobre tua cabeça, em garras, ratoeira e tenazes no teu coração. Atravessarás o dia fazendo coisas como tirar a poeira de livros antigos e velhos discos, como se não houvesse nada mais importante a fazer. E caminharás devagar pela casa, molhando as plantas e abrindo janelas para que sopre esse vento que deve levar embora memórias e cansaços.
Contarás nos dedos os dias que faltam para que termine o ano, não são muitos, pensarás com alívio. E morbidamente talvez enumeres todas as vezes que a loucura, a morte, a fome, a doença, a violência e o desespero roçaram teus ombros e os de teus amigos. Serão tantas que desistirás de contar. Então fingirás - aplicadamente, fingirás acreditar que no próximo ano tudo será diferente, que as coisas sempre se renovam. Embora saibas que há perdas realmente irreparáveis e que um braço amputado jamais se reconstituirá sozinho. Achando graça, pensarás com inveja na largatixa, regenerando sua própria cauda cortada. Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça.
Tão longe ficou o tempo, esse, e pensarás, no tempo, naquele, e sentirás uma vontade absurda de tomar atitudes como voltar para a casa de teus avós ou teus pais ou tomar um trem para um lugar desconhecido ou telefonar para um número qualquer (e contar, contar, contar) ou escrever uma carta tão desesperada que alguém se compadeça de ti e corra a te socorrer com chás e bolos, ajeitando as cobertas à tua volta e limpando o suor frio de tua testa.Já não é tempo de desesperos. Refreias quase seguro as vontades impossíveis. Depois repetes, muitas vezes, como quem masca, ruminas uma frase escrita faz algum tempo. Qualquer coisa assim:- ... mastiga a ameixa frouxa. Mastiga , mastiga, mastiga: inventa o gosto insípido na boca seca ...
(Caio Fernando Abreu)
domingo, 4 de outubro de 2009
Despedida
E nunca sabia explicar o que era exatamente “o vazio”. Nunca se fez entender quando contava sobre o nada que lhe atormentava.
Sentia-se sozinha, e detestava sentir-se assim. Na verdade, tinha um certo orgulho em não ser daqui, em não se encontrar naquilo; mas sabia que era desleal sentir-se só, com tanta gente ao seu redor.
Então, às vezes saía por aí, caminhando sem rumo, indo sozinha aos seus lugares preferidos, só pra ser mais justa e verdadeira com aquela sensação vazia (vadia) que lhe invadia a alma. Porque sabia que era injusto sentir-se vazia, com tanto movimento e tanta gente sacudindo-lhe os ombros.
Mas nascera cansada, e por mais nova que fosse, sentia-se velha; como se anos lhe pesassem n´alma, como se vidas lhe custassem cada alegria.
Não era daqui, disso tinha certeza. Mas tinha certo orgulho. E a vaidade lhe corroia por dentro. Porque sabia: não era daqui.
E esperava sempre que alguém viesse buscá-la. Esperava sempre o dia em que iria embora. Esperava sempre o momento em que ser, não pesaria tanto; e que o passar dos dias, não lhe doesse como a última mordida em algo bom.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Pretensão
Queria vasos sempre com flores, domingos sempre de sol e noites sempre estreladas.
Queria sorrisos e olhos brilhantes, queria o frio na barriga e a curiosidade andando sempre com ela, para que o tédio nunca se aproximasse.
Queria paredes com muitas fotos, travesseiros macios e lençol sempre esticado.
Dos amores, queria que fossem sempre amáveis, e que sempre houvesse uma música que soubessem contá-los.
Não queria nunca a metade de nada. Não se contentava com partes, pedaços ou sobras.
Não queria meias-certezas, meias-verdades, meios-amores...
Mas como eu disse, ela era pretensiosa. Porque nada é sempre assim, e não dá pra esperar sempre o melhor das coisas.
Desencontro
Ela acreditava que algo bom estava sempre prestes à acontecer e gostava de cada novo dia. Não importava o que dissessem, ela seguia em frente, porque sabia que era capaz de qualquer coisa. Sabia que era maior que qualquer deslize, e podia corrigir o que quer que fosse.
Por vezes ela se exaltava discutindo sobre seus ideais, e ainda que muitos a chamassem de utópica incorrigível, ela dava sua vida pelas causas que acreditava valerem a pena. Não desistia nunca, de nada. Tampouco se cansava de acreditar na vida, no amor, na política.
Um dia, não sei exatamente quando, ela foi embora ou a gente só deixou de se encontrar e eu nem percebi. O que sobrou, desde então, foi só o tédio e uma descrença em qualquer coisa que exija esforço ou leve tempo.
As vezes eu me esqueço de quem eu fui um dia.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Crepúsculo
"Quando a vida lhe oferece um sonho muito além de todas as suas expectativas, é irracional se lamentar quando isso chega ao fim"
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
C.F.A.
"Tento me concentrar numa daquelas sensações antigas como alegria ou fé ou esperança. Mas só fico aqui parado, sem sentir nada, sem pedir nada, sem querer nada." (C.F.A.)
sábado, 26 de setembro de 2009
Antítese
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Ganhei o dia!
E olha que me fazer rir, é tarefa difícil...
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Uma aspirina e um copo d´água
É que a vontade de dormir não dá mais pra chamar de sono, é só uma vontade de não ver o tempo passar. O sono mesmo não tem feito muitas visitas por aqui.
A fome também parece que se esquece de aparecer. A preguiça e o tédio são os únicos que têm passado por aqui. E qualquer coisa que interessante que apareça por aí, não vale a pena.
A cabeça anda doendo mais que o normal, e os dentes andam sempre cerrados ou rangendo como botas velhas.
Um comprimido.
Dois comprimidos.
Três comprimidos.
Nada adianta. Estou deprimida.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Receita Caseira
Vazio.
Solidão.
Falta de sentido.
Misture tudo até formar uma massa homogênea e está pronto para servir. Tenha um bom dia nublado.
Nunca vi alguém que, morando sozinho, quisesse fugir de casa...
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Parte II

Tédio é tão comum quanto querer continuar dormindo quando toca o despertador. Mas esse vazio rasgando a carne e atormentando a alma, fazia tempo mesmo que não me incomodava.
Pode ser por tanta coisa, e pode ser por nada, mas quando a segunda metade de cada ano vai escorrendo e o calendário ficando com menos folhas e mais “X”, o nada cresce com força de tempestade...
Fora de Órbita

Um olhar desatento diria que eram gêmeas idênticas. De fato eram filhas do mesmo pai, e nasceram do mesmo calor. Mesmo assim, desde sempre ela soube que eram diferentes. Tinha ainda outros sete irmãos, talvez seis – já que tempos depois passaram a dizer que o último era ilegítimo -, e uma grande família sempre em expansão.
Sentia-se um pouco estranha, tinha a impressão que o tempo demorava demais para passar, e se sentia presa a uma força invisível. Seus dias eram duzentos e quarenta e três vezes mais compridos que os dias de sua irmã Gaia. Enquanto todos seus irmãos se deitavam virados para a direita, ao anoitecer, antes de dormir, ela era a única a se deitar para a esquerda.
Onde quer que passasse, inspirava amores e era sempre reconhecida por sua beleza. Ainda assim, sentia-se sozinha. Seu corpo queimava como brasa, 460°C.
Vênus não achava justo que seus irmãos e irmãs, tivessem junto de si, uma ou várias luas, para lhes acompanhar e fazer companhia. Somente ela e seu outro irmão, a quem era mais próxima, eram sós.
Queria alguém com quem pudesse passar seus longos dias, e às vezes achava tudo aquilo sem propósito, como se andasse em círculos. Foi quando com grande esforço, Vênus saiu de seu caminho habitual, cansada de fazer a milhões de anos-luz a mesma órbita-caminho, e vagueou pela cidade-galáxia vizinha, sem rumo, sem pretensões.
Vagueou tentando se deixar levar, e se desprender de tudo o que já vivera antes. Deixou-se levar pelo magnetismo estranho que a puxava forte, arrastando-a por entre estrelas e super-novas. O que encontrou, foi sua outra metade Vênus, habitante de um mundo paralelo ao seu. Foi assim que se descobriu feliz.
As duas Vênus deram-se as mãos e saíram à toa pelo universo, livres de suas órbitas circulares, flutuando lado a lado. E lá da Terra, olhares assombrados de seres minúsculos acompanhavam a passagem delas pelo céu, enquanto as duas Vênus sorriam satisfeitas.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Sobre a noite - Ou como é bom dormir ao lado dela

Quando ela chegou, dormir já era coisa diferente; não era mais fechar os olhos e apagar. Dormir era coisa mágica...
Cair no sono, só depois de conversar um pouco, fazer planos de um futuro bom, dividir medos e segredos. Só depois de se encaixar como duas colheres e ganhar um abraço apertado.
Adormecia só quando os olhos já não conseguiam ficar abertos, não resistindo ao conforto de ter um lugar em seu braço.
E esta noite, sem ela, dormir parece lembrança distante. A cama de solteiro é um imenso deserto frio, e a chuva que cai lá fora enche o quarto de tédio. Meus pés procuram outros pés para se enroscar embaixo da coberta que não aquece.
Atravesso a noite, sem sono, revirando sobre a cama, sentindo saudade da respiração dela soprando minha nuca.
domingo, 16 de agosto de 2009
Sereníssima - Legião Urbana
Me apego facilmente ao que desperta meu desejo
Tente me obrigar a fazer o que não quero
E você vai logo ver o que acontece.
Acho que entendo o que você quis me dizer
Mas existem outras coisas.
Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade,
Tudo está perdido mas existem possibilidades.
Tínhamos a idéia, mas você mudou os planos
Tínhamos um plano, você mudou de idéia
Já passou, já passou - quem sabe outro dia.
Antes eu sonhava, agora já não durmo
Quando foi que competimos pela primeira vez?
O que ninguém percebe é o que todo mundo sabe
Não entendo terrorismo, falávamos de amizade.
Não estou mais interessado no que sinto
Não acredito em nada além do que duvido
Você espera respostas que eu não tenho mas
Não vou brigar por causa disso
Até penso duas vezes se você quiser ficar.
Minha laranjeira verde, por que está tão prateada?
Foi da lua dessa noite, do sereno da madrugada
Tenho um sorriso bobo, parecido com soluço
Enquanto o caos segue em frente
Com toda a calma do mundo.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Cada coisa em seu lugar

A porta estava trancada e eu mal me lembrava onde tinha largado as chaves. Mal me lembrava a última vez que tinha aberto aquela porta.
Entrou sem pressa pela fresta da janela e a abriu por inteira, deixando a luz do sol inundar tudo.
Trazia rosas nos braços, e as espalhou por todos os cantos. Invadindo cada espaço vazio e preencheu com perfumes coloridos.
Começou a colocar cada coisa em seu lugar. Tirou as cortinas que faziam perderem-se os sorrisos. Recolheu debaixo dos tapetes os restos de amores vazios que se escondiam por lá. Esvaziou as garrafas, que guardavam doses de solidão. Pendurou nas paredes, momentos felizes, que lembraria pra sempre. Desatou as pedras que prendiam meus pés e sonhos ao chão.
Todos os dias, pela janela aberta, como se lá dentro fosse festa, entrava dançando uma brisa leve.
Assim, cada dia tornava-se menos áspero e sorrir tornava-se mais fácil. Em pouco tempo sua presença tornou-se um vício.
Na hora do almoço, certo dia, preparou algo que encontrou no congelador. Pôs em banho-maria e deixou aquecer lentamente. Serviu-me em um prato fundo, um caldo quente.
Tomei todo o caldo de uma só vez, tão bom era seu sabor; e um calor percorreu-me o corpo, ponta a ponta. Só então perguntei o que era.
Disse-me que não sabia, só havia descongelado a única coisa que havia no freezer, e que concluiu estar guardado há muito tempo. Lembrei-me na mesma hora o que havia lá, mas já era tarde, o amor escorria e circulava dentro de mim.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Fim
Obrigada por colorir meus dias durante este pouco tempo, e por enfeitar minha vida com beijos e carinho.
Desculpe-me por ter sido outra escolha ruim, e espero que depois de tantos “relacionamentos de bosta” você encontre alguém que te faça feliz. Nada do que eu disse foi mentira, nunca. Por isso, não precisa devolver “minhas mentiras”, foram sinceras todas as vezes que um “eu te amo” saltou-me a boca e foi cair direto em teus ouvidos. Nunca diria isso à toa.
Quanto a minha grosseria, eu sabia que você cansaria dela. Desculpe-me outra vez, sou assim, e se sou grossa, é porque não deixo de dizer o que penso e sinto, mesmo que isso possa magoar quem eu amo.
Porque te amo, respeito sua decisão. Apenas espero que se em algum momento se lembrar de mim, lembre de momentos bons.
Vou sentir saudade, como já sinto desde que você apareceu, porque sabia que um dia você iria embora.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Minha natureza
Não vai mais querer me ver, não vai atender minhas ligações, nem responder meus e-mails.
Eu vou ficar triste, vou chorar, vou sentir saudade. Vou pensar nela todos os dias, em casa música. Vou olhar fotos e mensagens de dias atrás.
E vou continuar sendo explosiva e grossa, porque esse é meu jeito.
Mesmo meu jeito de amar...
Sobre o que eu penso do Amor

Se eu amo um homem ou uma mulher, não muda nada. Faz diferença quando a gente se sente feliz e completa? Para mim isso é muito simples: Eu amo e isso vai muito além da questão de gênero.
É uma pena que ainda hoje, num mundo tão tosco, a felicidade ainda não esteja acima de qualquer preconceito.
É uma pena a gente não poder contar para nossos pais porque nossos olhos têm tanto brilho.
terça-feira, 26 de maio de 2009
Bolhas

domingo, 17 de maio de 2009
"É como uma saudade de um tempo que ainda não passou..."
E se eu choro, é por medo de que seja efêmero.
Desde que ela chegou, todo o mais é nada. E sinto preguiça de qualquer outra coisa que não seja admirá-la...

sexta-feira, 15 de maio de 2009
O que vale a pena

domingo, 19 de abril de 2009
domingo, 12 de abril de 2009
Tudo outra vez...
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Heloísa – Ou sobre como levar uma vida poética
